Um bilhete

Quando me abraça com ternura

Meu ser interno fica em paz

A leveza invade o coração. 

Quando me beija com fervura

Meu ser externo emerge abrupto

E entrego-me sem restrições.  

Porque quando tua pele macia 

De modo delicado toca-me o rosto 

O tempo para, o mundo fica inerte. 

Sinto apenas a sutileza dos teus toques

De suas mãos que me envolve o pescoço

E puxa-me devagar para mais perto de ti. 

Anoitecemos pelas ruas da cidade

Com sorrisos bobos, cantando, dançando 

O baile é um ritmo que nós criamos. 

E ao amanhecer, acordo sem você

Apenas um bilhete dizendo:

— Tchau, adeus! 

Autor: Jacson Tigre