Na madrugada fria e chuvosa, sou apenas uma menina que chora em silêncio.
O barulho da chuva me acalma, contudo, o clarão do lampejo me assusta.
Encolhida embaixo do cobertor oro a Deus para amanhecer é hora da mulher forte atuar.
De batom vermelho, salto alto e cabeça erguida nada parece me abalar, no entanto, ao cair a noite sou apenas uma menina que chora em silêncio, que se agarra em seus ursos e ora a Deus para amanhecer.
Duas versões em um só coração quebrado.
O super-herói foi o seu vilão e ela se tornou a sua própria heroína.
Talvez um dia a menina e a mulher se encontrem e juntas contemplaram a chuva sem medo do lampejo.
- Autor: Vanessa (Pseudónimo ( Offline)
- Publicado: 30 de julho de 2021 11:11
- Categoria: Não classificado
- Visualizações: 11
Comentários2
Poema intimista, profundo e corajoso ao encarar marcas difíceis de apagar. Parabéns. Abs.
Obrigada.
Adorei o contraponto entre a mulher e a menina. Quiça, ambos os seus aspectos se encontrem e possam criar e que suas noites e os dias sejam apenas uma experiência lúdica em que a criança esteja sempre ao lado da mulher
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