Na madrugada fria e chuvosa, sou apenas uma menina que chora em silêncio.
O barulho da chuva me acalma, contudo, o clarão do lampejo me assusta.
Encolhida embaixo do cobertor oro a Deus para amanhecer é hora da mulher forte atuar.
De batom vermelho, salto alto e cabeça erguida nada parece me abalar, no entanto, ao cair a noite sou apenas uma menina que chora em silêncio, que se agarra em seus ursos e ora a Deus para amanhecer.
Duas versões em um só coração quebrado.
O super-herói foi o seu vilão e ela se tornou a sua própria heroína.
Talvez um dia a menina e a mulher se encontrem e juntas contemplaram a chuva sem medo do lampejo.