Helio Valim

Rio e ribeirinho

 

Rio avenida!

A todos desafia

para jornada sem fim,

por igarapés e afins!

Barco, baleeira, voadeira...

 

Rio moradia!

A vida acorda, tardia,

apoiada em estacas,

em redes esticadas!

Casa, flutuante, palafitas...

 

Rio mercadoria!

Na margem, no mercado

tem erva, peixe no atacado

e fruta nativa que convida!

Porto, trocas, correria...

 

Rio harmonia!

Cheia e vazante, todo dia,

conversam com a mata.

A enchente dá a vida,

mas, também, alaga e mata!

 

Cumprindo acordo fluvial

convivem rio e ribeirinho,

acreditando ser tudo normal

onde o rio é o vital caminho

de seu cotidiano natural.

  • Autor: Helio Valim (Pseudónimo (Offline Offline)
  • Publicado: 27 de Julho de 2021 14:29
  • Categoria: Reflexão
  • Visualizações: 7

Comentários1

  • Maria dorta

    Perfeita definição da riqueza de um rio. Nela vê_ se tua alma. Um rio é tudo de bom que a mãe Natureza doou mas, nós os estamos emporcalhando,desviando ,matando_ o no nascimento ao desmatar ou queimar as matas. Parabéns!

    • Helio Valim

      Olá, Maria Dorta. Obrigado pelo comentário. Realmente, o poema teve como mote a relação simbiótica do rio com os ribeirinhos. Um abraço.



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