NO
Carência...
Ao lado, uma mão estendida
Uma dor sem saída
Uma lágrima engolida...
Em cada dádiva, uma oração estendida
Cada dor apartada, a paz repartida
No sorriso ofertado, esperança vertida.
(Ema)
Santa Caridosa
Prima - irmã da bondade
Valei-me da caridade
Olhai para os desprotegidos
Desafetos desta cidade
Faz frio nesta estação
Quisera Deus que hoje
Fosse início do verão.
Minha cara, a caridade
Hoje não permite rima
Apenas se anima
Dando chá e sopa quente
Aquecendo o coração
Desta gente.
Então eu sairia noite adentro
Vendo o povo ao relento
Sem rota e sem roteiro
Inventando histórias de vidas
Dessas que passam na televisão.
Quisera Deus que hoje fosse início
do verão.
(Shimul)
Caridade
Virtude de sublimidade
Que ao mundo abrasa
Caridade é a graça
Amor de alto valor
Calor da ação do amor
Carinho de humanidade
Carência é a realidade
Indiferença é a verdade
Que no mundo ainda impera
Mas há esperança além da espera
O tempo será o mensageiro
Nesse estágio passageiro
Firmando a revelação
A caridade é alimento
É o primado do alento
Fazendo do outro um irmão
(Hébron)
Mãos estendidas, invisíveis
Olhos cansados
Semblante oprimido
Corpo sem ânimo
Pedindo socorro, sem falar
Não se encolhe a mão
Quando se vê um desvalido
Já sem alento, sem ação
Mesmo que não tenha pedido
Há uma mão estendida
Pedindo vida
É preciso estender a mão
Para doar, ajudar a se levantar
Talvez apenas um abraço
Seja bastante para aquecer o coração
Ou, quem sabe, um pedaço de pão
Mata a fome, também a tristeza
Pois, na realidade, a maior caridade
É o amor, que em tudo põe cor
(Edla Marinho)
Luz acanhada ilumina as ruas; enquanto pelas janelas das casas sobra a claridade
O teto por sobre o cobertor espanta o frio
Aquecendo os corpos de quem tem bens
Enquanto o paupérrimo espera a caridade
Dignos de lástima não imaginam-se mais
Apenas observam no outro a sua vaidade Friagem faz doer menos que o abandono
Álgido é o olhar na procura do rumo certo
Às margens e sós, esperam pela caridade
A alma enternece ao ver seu semelhante
Desprovido vagando a esmo pela cidade
A luz ilumina a mente tocando o coração
Noites geladas acendem o fogo do amor
Então sair por aí! Doar-se, fazer caridade.
(Cláudio Reis)
O que sobra para o hoje
E o lamento desesperado
O silêncio ignorado
Dias marcados sem a preocupação preciosa e diária.
Cadê o diário de bordo?
Anjo em assuntos humanos
Venha nos relatar :
Em que parte da vida
Precisamos a solidariedade,
Como alívio aplicar
E o anjo começa a relatar :
- Caridade não pode ser
Como flor do bem e mal me quer
Caridade humanos
Cada um dá o que puder
Quem deixar o coração verdadeiramente
Ser treinado por Deus
Praticará todo bem necessário
Ao ser e irmão desamparado.
(Corassis)
Caridade é amor
É empatia em toda extremidade
Vem de Deus
Sentido transverso
Direto
De cima, do céu
Para baixo, na Terra
Onde há carências:
De cumplicidade
De verdadeiras amizades
Como nós COLIBRIS
Pregamos com poesias
Com nosso entrosamento
Comunhão de inspiração
Nossa ligação de coração...
(Lucita)
Na carência deste tempo
Busco refúgio na poesia
No desejo da simplicidade
Andar de mãos dadas
Receber e dar carinhos
Num tempo que me foi roubado
Ser ridícula e abobalhada
Deixar fluir minhas emoções
Prefiro ser assim...
A ser uma humana frustrada.
Nas carências de todo instante
Ao outro, sempre grito: Avante!
Há carências de atenção, mas tudo se resolve
No sorriso, há encontro vida e comunicação.
(NeivaDirceu)
- Autor: Ema Machado (Pseudónimo ( Offline)
- Publicado: 25 de julho de 2021 20:36
- Comentário do autor sobre o poema: Mais um belo trabalho dos amigos e poetas Colibris.
- Categoria: Não classificado
- Visualizações: 18
Comentários1
Uma proposta com fins reflexivos e ações imediatas para com aqueles irmãos que necessitam de um olhar mais atentos as suas reais necessidades. Sempre uma honra me unir aos poetas colibris em poemas mesclados.
Boa noite a todos,
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