Vejo- te preso a mim, meu passarinho,
Terás como gaiola um vasto mundo...
És senciência pura em teu caminho,
Assim, sem teu pensar és infecundo,
Sem ele tens, também, teu próprio ninho...
Eu sou por consciência um vagamundo...
Se só no senciente eu me aninho
Posso chegar a ser um errabundo...
És senciente, e já que foste preso
Serás acomodado em teus anseios...
Consciente de mim carrego o peso
Dos sentidos que outro mundo espalma,
Mas retenho a vazão dos devaneios,
Pois prisioneiro eu sou pela minh’ alma.
- Autor: Maximiliano Skol (Pseudónimo ( Offline)
- Publicado: 22 de julho de 2021 17:00
- Comentário do autor sobre o poema: Recebemos um periquito Ring Neck em casa, eu me compadeço de qualquer ser vivo prisioneiro, sem causa para isso. Voar seria a sua liberdade e o seu mundo do existir.
- Categoria: Não classificado
- Visualizações: 59
Comentários1
É belo poema e compartilho a vossa opinião, nobre poeta e mestre dos sonetos. Abs.
Prezado José Altofe, você tão introspectivo que tem sido nos seus poemas, deu-me a honra de compartilhar-me os sentimentos.
Um forte abraço.
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