Maximiliano Skol

UM VASTO MUNDO

Vejo- te preso a mim, meu passarinho,

Terás  como gaiola um vasto mundo...

És senciência pura em teu caminho,

Assim,  sem teu pensar és infecundo,

 

Sem ele tens, também, teu próprio ninho...

Eu sou por consciência um vagamundo...

Se só no senciente eu me aninho

Posso chegar a ser um errabundo...

 

És senciente, e já  que foste preso 

Serás acomodado em teus anseios...

Consciente de mim carrego o peso

 

Dos  sentidos que outro mundo espalma,

Mas retenho a vazão dos devaneios,

Pois prisioneiro eu sou pela minh’ alma.