Pedro Castro

Bela ausência

Na sua ausência,

Fiz pranto uma poesia,

Que escrevi com a lágrima que roubei de uma estrela carente,

O céu ao ver meu desespero,

Chorou,

Regando o mundo com águas pacíficas,

Com ondas que se despedem da areia com um beijo,

E voltam a cobrindo de abraços,

Abraços que não envenenam o mar com a saudade.

 

 

 

 

 

Na sua ausência,

A tristeza me embriagou com a suas dores sóbrias,

Dores que me trazem flores,

Flores da cor dos seus olhos,

Olhos acrômicos,

Que me lembram problemas crônicos,

Lembram-me a tua falta,

A falta de amor.

 

 

 

Na sua ausência,

A cidade não dormiu com medo de sonhar contigo,

Com medo de descobrir que apagaria todas as  luzes,

Para procurar a sua reluzente alma…

Na sua ausência eu dormi,

Morrendo no sonho em que sua alma era minha.

 

 

 

 

Na sua presença,

O pranto é de alegria,

E não preciso ser um poeta cadente,

Que chora a dor vazia,

E rouba uma estrela carente,

Na sua presença,

A tristeza entra em porre crônico,

Ao embriagar os olhos com as cores do jardim que faz florecer em meu peito…

 

 

Na sua ausência,

Desaprendi a escrever poesia,

E joguei versos vento,

Para que fossem até você,

E lhe fizesse entender,

Que a sua ausência,

Fala mais do que você.

 

  • Autor: Pedro Castro (Offline Offline)
  • Publicado: 22 de Julho de 2021 16:32
  • Categoria: Não classificado
  • Visualizações: 21

Comentários1

  • Shmuel

    Bonita poesia, amigo poeta?

    ..."E lhe fizesse entender,
    Que a sua ausência,
    Fala mais do que você"...

    Versos sentidos e repleto de ternura.
    Abraços,



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