Na sua ausência,
Fiz pranto uma poesia,
Que escrevi com a lágrima que roubei de uma estrela carente,
O céu ao ver meu desespero,
Chorou,
Regando o mundo com águas pacíficas,
Com ondas que se despedem da areia com um beijo,
E voltam a cobrindo de abraços,
Abraços que não envenenam o mar com a saudade.
Na sua ausência,
A tristeza me embriagou com a suas dores sóbrias,
Dores que me trazem flores,
Flores da cor dos seus olhos,
Olhos acrômicos,
Que me lembram problemas crônicos,
Lembram-me a tua falta,
A falta de amor.
Na sua ausência,
A cidade não dormiu com medo de sonhar contigo,
Com medo de descobrir que apagaria todas as luzes,
Para procurar a sua reluzente alma…
Na sua ausência eu dormi,
Morrendo no sonho em que sua alma era minha.
Na sua presença,
O pranto é de alegria,
E não preciso ser um poeta cadente,
Que chora a dor vazia,
E rouba uma estrela carente,
Na sua presença,
A tristeza entra em porre crônico,
Ao embriagar os olhos com as cores do jardim que faz florecer em meu peito…
Na sua ausência,
Desaprendi a escrever poesia,
E joguei versos vento,
Para que fossem até você,
E lhe fizesse entender,
Que a sua ausência,
Fala mais do que você.