PROFANO
Sou profano
Profano do amor descrente
Da paixão religiosa erótica
Do amor feito no chão, pagão
Sou de temperos fortes aflitos secular irreligioso
Sou da madrugada herege da paixão
Sou da água que cintila que oscila e brilha
Sou profanador sou da dor e do amor
Sou calmo sou feroz sou veloz
Sacrilégio da magia e do místico
Dos metais do cobre do zinco e do afinco
Sou dos sonhos e dos pesadelos
Sou profano do tempo do calor e da poesia
Eu sou profano
Sou do inverno do verão da primavera e do outono
Sou do tesão do sêmen que germina
Sou da verdade não da mentira
Sou profano dos raios que gritam e estalam justiça
Sou da poesia e do verso
Sou da pele que queima até do inverso
Sou temporal civil dos girassóis
Sou do mel das abelhas
Sou do fel da serpente
Sou guizo ardente
Sou profano da paixão
Não sou pra qualquer um
Sou da noite e do dia
Da cachaça e do champanhe
Do vinho da uva doce da pele que lambe
Sou poeta
Sou feito pelo sêmen criado por Deus
Sou de carne e osso espírita e terreno
Sou daquele amor que queima
Ímpio profanador secular mundano e profano do coração
Sou assim
Feito por Deus
Bebi leite sagrado no peito
Sou música coral e canto
Sou profanador e espalho amor por todos os cantos
Sou sagrado
Sou confraria
Sou amor e poesia
Vlad Paganini
- Autor: Vlad Paganini (Pseudónimo ( Offline)
- Publicado: 7 de maio de 2020 08:26
- Comentário do autor sobre o poema: Profano foi uma das primeiras poesias que escrevi, tem um grande significado pra mim, por ser uma das primeiras.
- Categoria: Amor
- Visualizações: 14
- Usuários favoritos deste poema: Vlad Paganini
Comentários1
Pois é, poeta, amor e poesia resume lindamente seu poema e o encerra com maestria. Parabéns!!
Gratidão Maria Lucia. abraços.
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