Não entendo se é ironia, ou piada

Assim o índice de contaminação vai aumentar!

E os leitos de "UTIS" não serão suficientes para todos

Os médicos vão ter que escolher quem vive e quem vai morrer

Mas a fome não espera

A fila da caixa econômica está quilométrica

Já faz dias, e ninguém soluciona o problema

Os meninos em casa a chorar, pai, mãe, quero café, pão...

E a ordem é para ficar em casa e usar máscaras, lavar bem as mãos....

Há uma força ordinária que fazem todos se aglomerarem

Preciso do dinheiro do governo para comprar meu alimento

A desordem é crescente não é de agora

A intenção é que os menos favorecidos se beneficiem

Mas não organizaram o sistema

E mais uma vez o povo sofre de baixo de sol, chuva, alagamento...

Vulneráveis a contrairem várias doenças e esse vírus perverso Que se espalha e a depender de cada organismo

A morte leva sem direito a um adeus digno

Realidade triste dessa gente sofrida

Que padece na fila, e as vezes nem recebem o auxílio

Volta para casa desfalecido Pedindo clemência a Deus

Que no outro dia tudo, seja resolvido

A panela está vazia, e já passa de meio dia um olha para outro pedindo socorro

O único barulho é do roncar da fome

Enfraquecidos pegam no sono, naquele momento seu único sustento

Para se manterem vivos.

Autora: Gisele Cunha