Paulo Roberto Varuzza

Flor amarela


Aviso de ausência de Paulo Roberto Varuzza
NO

Eu cantei para ela uma canção com segredos da minha alma,

Mas ela se fechou em silêncio

E se escondeu atrás de sua teia silenciosa e pegajosa,

Uma verdadeira tela sem a pintura dela,

Que amarrou as minhas mãos e os meus pés,

Mas não soube calar os meus olhos e nem a minha boca,

Que olhavam para ela e cantava coisas de amor;

No meu coração eu guardava uma rosa flor amarela para ela,

Bela como ela,

Mas o olhar penetrante dela murchou a flor

E feriu o meu coração como se ele fosse um punhal de metal,

Quase se afogando no sangue que vazou pelas feridas

E a imensa dor o fez chorar como se estivesse sonhando com ela

Indo embora,

Mas, se preciso for, eu simplesmente engano o meu amor por ela

E dou a ele um retrato dela

E uma vela para ele o iluminar

E se encantar novamente com o rosto dela,

Assim ele pensou que estava num jardim com muitas flores,

Que não foram regadas por ela e ele e elas murcharam

Também com o adeus dito por ela,

Mas por onde ela pisou indo embora

Nasceu outra flor que tinha pétalas cor de amora,

Que não se fecharam como ela no seu silêncio

E que ouviu o eco da minha canção de amor;

Esta flor amora fugiu das pegadas dela

E se instalou no meu coração

E o ungiu com um novo e eterno amor,

Enterrou a velha e murcha flor amarela

E também o velho e murcho amor por ela

E sorriu para mim.

  • Autor: Toio Varuzza (Pseudónimo (Offline Offline)
  • Publicado: 25 de Junho de 2021 15:09
  • Categoria: Amor
  • Visualizações: 9


Para poder comentar e avaliar este poema, deve estar registrado. Registrar aqui ou se você já está registrado, login aqui.