DESGASTE NO TEMPO

Maximiliano Skol



Amei-te, imenso... Eras nas lembranças 

Um alento de vida ao meu seguir.

Na dor, ou decepção, tinha esperanças 

Que a saudade  de ti vinha a suprir

 

O fútil da existência em suas tranças...

Tinha um alívio de paz, hei de convir

Que contigo fruí tudo em bonanças 

E, assim, na vida eras meu fulgir.

 

Cada aurora não mais tem o encanto,

No sol poente as cores se turvaram,

Coisa alguma me traz alegre espanto.

 

As lembranças de ti que tinha em mim

Com desgaste, no tempo, se embaçaram:

Não compensa ter pranto por meu  fim.

  • Autor: Maximiliano Skol (Pseudónimo (Offline Offline)
  • Publicado: 24 de junho de 2021 10:16
  • Categoria: Não classificado
  • Visualizações: 46
Comentários +

Comentários4

  • Hébron

    Belíssimo soneto!
    Bravo!!!
    Abraço

    • Maximiliano Skol

      Muito me honra o sua visita, prezado Hébron, tão querido você é na comunidade com seus primorosos poemas.
      Um abração.

    • Maria dorta

      E com elas faça uma colcha quentinha e se agaselhe, usufrua do passado,das lembranças de quem amou e de quanto fostes amado. Viver é nosso melhor prêmio!

    • Maximiliano Skol

      Ah, minha querida Dorta, você me fez lembrar da capa de recordações da Maria Rosa do Lupicínio Rodrigues e interpretada pelo Francisco Alves. Vou me agasalhar com ela e seguir seu conselho.
      Beijos.

    • Dr. Francisco Mello

      Mas bah que cousa belo, vivente!
      Pode ter um pouco de saudosismo, mas, inebria os corações. Meu parabéns, poeta inimitável.
      Um quebra costelas cinchadito pra ti, TAITA, querido.



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