Amei-te, imenso... Eras nas lembranças
Um alento de vida ao meu seguir.
Na dor, ou decepção, tinha esperanças
Que a saudade de ti vinha a suprir
O fútil da existência em suas tranças...
Tinha um alívio de paz, hei de convir
Que contigo fruí tudo em bonanças
E, assim, na vida eras meu fulgir.
Cada aurora não mais tem o encanto,
No sol poente as cores se turvaram,
Coisa alguma me traz alegre espanto.
As lembranças de ti que tinha em mim
Com desgaste, no tempo, se embaçaram:
Não compensa ter pranto por meu fim.