Assoprei as velas

Esperei pelo meu Goblin 

Mas não parece que ele vai vim

  Já perdi o camin, 

Parece que eu não tenho um guardião

Meu coração ferido necessita de um cirurgião

Se for Park Hoon  Dou até de presente, precisa devolver não 

Recursos no curso  Incurso do caminho curto 

Um pulo, um surto 

Um louco e um culto 

Um homem puto 

Estamos afogados em um viaduto 

Ninguém vai nos tirar 

Deu curto circuito 

Eles não tem intuito 

De cuidar do inculto 

Somos todos filhos 

Da pobreza e do insulto 

Eles nos tratam como sujos 

Minha consciência falha 

Estou perdendo a voz 

A cada verso um desiste da leitura e se prende aos nós 

Estamos todos sós 

Não tem ninguém olhando 

Não tem ninguém cuidando

Nem ouvindo a nossa voz 

Estou gritando de dor em meio a alucinação 

Eu acordei desorientado e sem razão

  Me perdi no verso no sentido e na ligação

  Dizem que se for difícil 

Aí que tem que visão 

Eu grito pelos cantos

Eles andam em prantos

 Nem um único santo

  Um único santo 

Queria ter certeza 

Queria ter destreza 

Queria a esperteza 

Pra me desprender 

E me desfazer 

E me salvar dessa sociedade tóxica 

Distópica, ilusória 

Me deixou a parte da estória 

Que eles contam como História

Para ofuscar a compreensão

Eles vão dizer que não houve opressão

 O que então são esses berros 

Ensurdecendo a multidão?

Dizem que somos livres pra dizer

 Mas quando dizem

  Nosso destino é desaparecer 

Dizem que temos voz e podemos gritar 

Mas somos apedrejados por nossos vizinhos 

Se a opinião não for popular 

No fim não estamos distantes da era escura e sombria 

Não tem nada de ouro

 Em sugar e lucrar com a nossa energia

Eu vou deitar aqui para acalmar minha euforia

  Quando eu despertar

  Talvez esqueça que fiz essa rima