Seguem as folhas pelo calçamento,

Cumprindo solitária a tua sina,

Os plátanos corta lôbrego, o vento,

Aos pesares d'uma alma tão mofina.

 

As folhas seguem com seu movimento,

Recamadas pela névoa fina,

Voltam as lembranças nesse momento,

Nas áureas sedas da manhã lustrina.

 

A flora exala outra vez tua essência,

Neste mundo sombrio em decadência,

Onde vibram as notas do destino.

 

E novamente a ecoares pelo prado,

A voz distante lá do meu passado,

Vibraste no meu peito como um sino. 

 

Thiago Rodrigues