CHUVA E PROSA
Cai a chuva donzelinha
alistra aquista o anoitecer
chaparica na terrinha
odalisca-me de bem-querer.
Vem de chilre e chinelinha
chove lépida ao ouvido
colibri anis-baunilha
de pingente oferecido.
Alberga apraz.... chorrilhas
aguadilhas de fio pipilar
na alcova voo mil milhas
no âmbar do seu olhar.
Chia `o amago piriquito
sem cairel pro' seu pingar
nas cissuras dos cacaueiros
da ignea ilharga ao resfolgar.
Oboés de edenica verdura
moçoila pintassilga e arisca
a recitar na orval alvura
no odelismo da cantaridade oblisca.
Nesse chuviscar da cachopa
abrandamento há lá algum
dá-me cachoeiras de chilreios
no A B C do um a um.
David Santos, 22 de Outubro 2020.
- Autor: David lou Santos (Pseudónimo ( Offline)
- Publicado: 16 de junho de 2021 06:48
- Comentário do autor sobre o poema: A precocidade dos sentimentos.... e a chuva a esbater forte nos vidros e no telhado..... A posse de um momento. Espero que gostem. Davi
- Categoria: Amor
- Visualizações: 40
Comentários5
Bonito, tem umas palavras que vou procurar no Google, mas um poema gostoso de ler.
Abraços,
Tão ritmado que parece uma canção. Parabéns!
MUITO BOM , POETA, DE UMA MUSICALIDA ESTUPENDA E LINGUAGEM SIMPLES, PORÉM, REBUSCADA, COM O PERDÃO DO PARADOXO, MAS É O QUE ME PARECE! PARABÉNS POETA, UM ABRAÇO!
Belo poema com ótimo enredo, parabéns. Forte abraço.
Obrigado..... Abraços para todos vocês.
D.
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