Amanhã de manhã, escreverei um poema,
Nele direi: Eu te amo.
Num impulso, rasgarei todas as amarras,
Colarei o poema nas paredes de seu caminho.
E então...dançaremos todas as danças,
Ficaremos tontos de rodopiar,
E tonta sussurrarei: Sou sua
Mas, num lampejo das amarras, direi:
“O poeta é um fingidor”
Se finge tão completamente a sua dor,
Também o faz com o seu amor.
Voltarei ao seu caminho, rasgarei o poema.
Passará por ele e encontrará, paredes nuas.
Amanhã de manhã, não escreverei um poema.
- Autor: Ize de Almeida ( Offline)
- Publicado: 14 de junho de 2021 09:00
- Categoria: Amor
- Visualizações: 11
Comentários2
Gostei muito! Um lampejo de coragem, abafado por uma névoa de medo. Quem nunca?! Parabéns!!
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