Surgiste recamada de mistérios,
Exalando-me as rosas desfolhadas.
Ó silêncio dos ermos cemitérios
Na soturnez das frias madrugadas.
Tinha dos astros um olhar fulgente,
A nostalgia que minha face encova;
E eras triste a noite reluzente,
Triste e solitária como a cova.
Essa noite faz-nos lembrar de outrora,
Um luar que há tempos foste esquecido,
Já me lembraste alguém que já não chora.
Ai, onde partiste a lua na alvura,
Com teu semblante de anjo adormecido
E a palidez das freiras na clausura.
Thiago Rodrigues
- Autor: Thiago R ( Offline)
- Publicado: 11 de junho de 2021 18:24
- Categoria: Não classificado
- Visualizações: 15
- Usuários favoritos deste poema: Danilo C. Bussolar
Comentários2
Magnífico! Possui um tom misterioso e sombrio que chega a ser quase espectral.
"Ó silêncio dos ermos cemitérios
Na sorturnez das frias madrugadas."
Grato pelo comentário. Uma boa tarde.
Bom dominio do soneto e uma inspiração que ,embora soturna, revela tuas aptidões poéticas.
Obrigado. Uma boa tarde.
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