A verdade vou lhes dizer.
Sempre me senti sozinho.
Afogado em mim mesmo.
Cravejado de espinhos.
Sem nada para me valer.
Desse existir mesquinho.
Ninguém vem me socorrer.
Sinto alojada na boca do estômago.
A dor pulsante disfarçada de prazer.
Gases tóxicos me envenenam o âmago.
Levam-me a tudo e a todos maldizer.
A mentira vou lhes contar.
Afastei de mim todo o medo.
A egoísta vontade de amar.
Soterrado em segredos.
Que não ouso confessar.
Sou feliz nesse degredo.
Que eu mesmo fui buscar.
Sinto encravada nas costas da minha alma.
A lâmina enferrujada que tetaniza o meu ser.
Tal qual Excalibur que para sempre jaz alojada.
Na rocha sepulcral desse eterno padecer.
-
Autor:
Victor Severo (
Offline) - Publicado: 8 de junho de 2021 11:06
- Categoria: Não classificado
- Visualizações: 16
Offline)
Comentários2
Belíssimo e forte. Parabéns!
Muito grato por teres gostado e comentado.
Não tem de quê. Eu que agradeço pelo compartilhamento. Abraços
Tens boa técnica e a arte de poetar dominas,mas quanto amargor a tua alma revela! Talvez seja só uma fase. Chapéu!
Ahhaha, sou como fruta de casca dura com recheio uma parte doce, outra parte amargo, não sei bem o percentual de cada parte, nem sei quem vence nessa guerra, mas desconfio...Obrigado sempre pela doçura de seus comentários.
Para poder comentar e avaliar este poema, deve estar registrado. Registrar aqui ou se você já está registrado, login aqui.