Noi Soul

Soslaio

Reconheço minha ignorância
Mas não me conformarei enquanto não puder ajudá-la!
Ajudar a quem? 
A mim ou a minha ignorância, talvez...
Ajudá-la a olhar outros olhos
Verdadeiros reflexos de quem sou
Ajudá-la a enxergar outras faces
Herdeiros do mal e do bem, do não e do sim...
Ajudá-la a desterrar as máscaras
A soberba
A preguiça
A vaidade
Ah, como a ignorância é vaidosa!
Ela se esconde em si mesma
Esquadrinha e perfura minha atenção
Eu não vejo nada. Ela também é cega
O que me torna meio cega também
O que me faz gerada em amontoados 
De certezas espúrias e sem nenhum sentido
A ignorância é uma anti-amiga
Não uma inimiga! 
Ela me enlaça e diz que tenho sempre razão
Principalmente em não me permitir 
A lucidez de enxergar 
O que vive logo ali
Diante de olhos mais atentos...
Quanta dor, quanta gente, quanto alento!
A ignorância é a própria morte...
Você não vê? Está nos matando neste exato instante... 
 Este estranho momento...

  • Autor: Noi Soul (Offline Offline)
  • Publicado: 6 de Junho de 2021 14:12
  • Categoria: Não classificado
  • Visualizações: 33

Comentários2

  • Ednei Pereira Rodrigues

    Está tudo estranho...Só a poesia salva,....Fez-me lembrar uma poesia antiga que eu escrevi em 2008...Olhar de soslaio,ensaio um raio...se possível leia,estou publicando aqui com algumas alterações....

    • Noi Soul

      Oi Ednei, compreendo! Ainda bem que ainda temos a poesia... Vou lá sim. Obrigada por sua visita e comentário. Um Abraço 🙂

    • Maria dorta

      Belo poema. Intenso. Com conteúdo e seguindo regras poéticas.

      • Noi Soul

        Bom dia, minha querida! Muito grata por sua primorosa observação 🙂 Um abraço!



      Para poder comentar e avaliar este poema, deve estar registrado. Registrar aqui ou se você já está registrado, login aqui.