E as rosas dos prantos trago fanadas,
De quem n'alma não sentiste os carinhos,
Ó lamento das tardes desfolhadas
Na mudez dos desérticos caminhos.
Ó minha amada sob este amplo céu,
De alvuras e luares minha amada,
Que embala-nos a morte com teu véu
A cantar-nos uma lira magoada.
E serenas depois as nossas almas,
De sentirem gelados esses beijos
Irão como o ocaso nas horas calmas.
Tens no olhar fulgências de alvos círios,
E o silêncio dos nossos desejos
A florescerem em nós como os lírios.
Thiago Rodrigues
- Autor: Thiago R ( Offline)
- Publicado: 3 de junho de 2021 23:37
- Categoria: Não classificado
- Visualizações: 25
Comentários2
LINGUAGEM ABURADA COM METÁFORAS INTELIGENTES, ENBALADA POR RIMAS BEM COLOCADAS, QUE CONTRIBUEM PARA DAR UM TOQUE FINO À TRISTEZA NARRADA COM O CORAÇÃO DO EU LÍRICO! BELÍSSIMO SONETO POETA! UM ABRAÇO.
Grato pelo sincero comentário. Um abraço!
Inspiração pura, belo poema nobre poeta. Tenha um.bom dia.
Agradeço pelo comentário. Boa noite!
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