E as rosas dos prantos trago fanadas,
De quem n\'alma não sentiste os carinhos,
Ó lamento das tardes desfolhadas
Na mudez dos desérticos caminhos.
Ó minha amada sob este amplo céu,
De alvuras e luares minha amada,
Que embala-nos a morte com teu véu
A cantar-nos uma lira magoada.
E serenas depois as nossas almas,
De sentirem gelados esses beijos
Irão como o ocaso nas horas calmas.
Tens no olhar fulgências de alvos círios,
E o silêncio dos nossos desejos
A florescerem em nós como os lírios.
Thiago Rodrigues