A esperança sobrevive, andando na contramão da estrada dos meus pensamentos
Que é quem eu sou. Não rosto, não braços, nem mãos, corpo. Sou mente e apenas mente serei, talvez para sempre, ou não...
Quando há certeza, há caminho, porto seguro, cais. Ainda que seja certeza do mal, da tragédia iminente, da surra que o destino nos dá vez ou outra. Quando sabemos o que está por vir, é muito mais fácil lidar.
Mas é a incerteza que mata.
Não saber qual será a próxima cartada do acaso, mas sentir que ela está prestes a acontecer.
Para a psicologia, é ansiedade. Que seja. Eu chamo de desespero da incerteza. Quase um delírio. Medo desatinado.
Mas sigo, sigo sempre,
Imaginando se, à beira do precipício, esse fiozinho de esperança será suficiente para segurar meu espírito em queda.
- Autor: Lidia Lorena ( Offline)
- Publicado: 1 de junho de 2021 14:32
- Categoria: Não classificado
- Visualizações: 26
Comentários3
Texto poético bem elaborado com grande inspiração
Parabéns , poetisa.
Abraço .
Muitíssimo obrigada!
Texto que muitas pessoas se sentirão representadas (senão todas). Versa sobre a vida; as nossas aflições; nossa intensa necessidade de autocontrole das emoções para não gerar diferente sensações.
Parabens!
Fico muito feliz por ter entendido o que eu quis passar, rs. Muito Obrigada!
Belíssimo poema, poetisa Lidia Lorena, a incerteza é a que mata, mas a certeza é que o poema é belo. Recorte:
...Que é quem eu sou, não rosto, não braços, nem mãos, corpo. Sou mente e apenas mente serei, talvez para sempre, ou não..."
Lindo dia cheio de inspirações, abraços poéticos.
Muitíssimo obrigada, a parte que gostou, já recortei, rs. Abraços!
Para poder comentar e avaliar este poema, deve estar registrado. Registrar aqui ou se você já está registrado, login aqui.