Carlos Lucena

NO OCASO DA VIDA

NO OCASO DA VIDA

Agora já quase sem dedos
Aprendi catar sonhos.
E por isso durmo um pouco mais.
Já quase sem dedos
Aprendi a prender os medos
Na palma das mãos.
Os sonhos vou catando
E os medos vou prendendo.
Agora ja quase sem tato
Aprendi que a pele é frágil
Mas o coração 
É quem subscreve os sentimentos.
Ele assina com autenticidade
O fulgor ou a frieza de todos os momentos...
A pele é só divertimentos.
Agora que meus dedos
Já não são mais tão longos
conheci a fortaleza das mãos entrelaçadas
Pois em algum tempo
Eram apenas punhos de mãos dadas.
E hoje já sem a volúpia de antigamente
Compreendi que os beijos
Que antes eram a soma dos desejos
Hoje são prelúdios 
De quem ama eternamente.

  • Autor: Carlos (Pseudónimo (Offline Offline)
  • Publicado: 29 de Maio de 2021 04:47
  • Categoria: Não classificado
  • Visualizações: 7

Comentários1

  • Maria dorta

    Belo poema. Com ou sem dedos,colocas tua alma e sentimentos,para nós,teus leitores,nos deliciar no enredo.



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