Carta aberta aos amores

É maluco pensar o quanto eu te amei, e é mais louco ainda saber que eu posso te amar ainda mais.
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É maluco pensar que o amor não dói, quando na verdade você já me machucou inúmeras vezes, e é mais louco saber que meu coração ainda permanece aqui.
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É maluco sentir saudades de alguém presente quando na verdade a teoria é contrária.
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Te amar é uma verdadeira loucura, que nem as montanhas russas mais íngremes do mundo seriam capazes de explicar tais sensações.
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Te amar é pular de um penhasco de costas, sem tem certeza de absolutamente nada, só pra sentir o gosto da adrenalina tomando conta do meu corpo.
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Te amar em dias frios é torturante, teu cheiro entra casa a dentro como perfume que quebra no meio da sala e toma conta de tudo . O cheiro do teu suor está impregnado nas paredes da sala, dos quartos, da cozinha...
Os móveis já embalam a nossa sinfonia (jamais Beethoven fizera algo parecido).
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Meu corpo solitário baila pela casa numa apresentação solista, na certeza que o teu ser preencha as entranhas de minh'alma.
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É maluco pensar o quanto eu te amei, e é mais louco ainda saber que eu posso te amar ainda mais.
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Nossos corpos são despidos para outrem, mas nenhum é o encaixe perfeito como o céu e as estrelas, nem como a lua e o mar, e se sabemos disso porque agora olho para o lado e não te vejo? Porque você some todas as manhãs?
É maluco pensar o quanto eu te amo e é mais louco ainda saber que posso te amar ainda mais.
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Não é uma despedida ou uma carta triste, são só palavras soltas de um coração apertado de saudades que ama tão profundamente, que vive a escrever pra não morrer sufocada por tantos sentimentos confusos que só conseguem entrar em perfeita ordem quando estão sob teus braços.
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Por Mary Aguiar