Há muito tempo que não ouço teu nome,

Deve ser por que eu já te esqueci,

Mas só eu,

Pois o meu coração soletra seu nome a cada batida,

No final do dia ele pronuncia tudo de uma vez,

E quem ouve é a saudade,

Que inebria minha mente,

E faz com que eu mesmo soletre teu nome,

Para ter certeza que é de você que eu sinto falta.

 

 

 

Há pouco tempo,

Deixei de te procurar pelo mundo,

E só te vejo na Lua,

Nela eu sigo pegadas que me levem até você,

E acabo por dar uma volta inteira,

Me revoltando,

Pois o que volta é vontade de voltar a seguir de novo,

E nunca você.

 

 

Há agora,

Um sentimento de rendição,

Pois descobri,

Descobri que posso vagar pelo mundo te procurando,

Que posso dar mil voltas em mil luas desejando sua volta,

Que posso aceitar a saudade me embriagar com seus sentimentos,

Que de nada serviria,

Pois você está dentro de mim,

E o que eu sinto tem seu nome.

 

 

Há de haver,

Há de haver eu perguntando seu nome as estrelas,

E escrevendo ele nas pegadas que eu der para que eu nunca mais esqueça,

Há de haver eu implorando para que o coração o soletre de novo,

Para que eu possa saber o que sinto,

Pois também não sei,

Não sei mais teu nome,

Pois não o ouço,

Não sei o que sinto,

E olha que sinto sempre,

Mas teu nome,

Não sei há muito tempo.