Carlos Lucena

FUTURO DO PRETÉRITO

FUTURO DO PRETÉRITO

Ah! O tempo passou 
E eu nem vi
Estava entretido 
Com meus sonhos.
Estava aqui brincando 
Com as nuvens.
O tempo passou 
E  eu nem percebi
Que as minhas mãos 
Estão tremendo
E que meu fêmur dói
E que minha coluna 
Está envergada.
Fiquei todo esse tempo
Aqui no presente
Nem notei
Que  aqui estou no futuro do pretérito
E que minhas unhas continuam 
Cheias de terra
Que continuo 
Apreciando doces
E que alguns sabores não me atraem.
Mas eu percebi algumas coisas:
Algumas pessoas 
Sumiram, 
Desapareceram
Calaram
E algum trem 
Não voltou mais
Alguma voz calou...
Ah! Agora que percebi
Foi o tempo passou
E que o relógio
Não parou!

  • Autor: Carlos (Pseudónimo (Offline Offline)
  • Publicado: 16 de Maio de 2021 23:14
  • Categoria: Não classificado
  • Visualizações: 14

Comentários3

  • Edla Marinho

    É, caro poeta, o pêndulo vai e volta, mas o tempo só cai em frente, quase não percebemos com que velocidade.
    Reflexivos versos, gostei muito.
    Boa semana, meu abraço!

  • Nelson de Medeiros

    Muito, mas muito bom mesmo o teu poema.
    Boim dia e 1 ab

  • lucita

    É. O tempo passou...
    Muito bem lembrado, poeta!



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