Recordo-me com um olhar plangente,
Os bancos pétreos, abandonados,
Em que sentávamos juntos, silentes,
Contemplando ao redor os flóreos prados.
Revejo-os em névoas sepulcralmente,
No leito frio do meu passado;
Aqueles tempos áureos, reluzentes,
No silêncio d'um olhar nublado.
Os nossos passos lentos e tranquilos,
Nas solitárias trilhas dos luares
Seguiam a sombra triste do destino.
Oh! E os flóreos prados contemplando...
Feres-me o peito, ainda, ao relembrares,
Nossos vultos entre alvas caminhando.
Thiago Rodrigues
- Autor: Thiago R ( Offline)
- Publicado: 13 de maio de 2021 09:55
- Categoria: Não classificado
- Visualizações: 24
Comentários2
Belo soneto! O passado ainda presente. A lembrança de coisas boas que vivemos, não morre jamais, embora nos doa o peito recordar o que só exuste agora em nossa lembrança.
Grato pelo comentário. Um abraço!
..."Recordo-me com um olhar plangente,"..
Quanto lirismo! Uma poesia completa do título ao término.
Bravíssimo?
Obrigado pelo sincero comentário. Forte abraço!
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