Recordo-me com um olhar plangente,
Os bancos pétreos, abandonados,
Em que sentávamos juntos, silentes,
Contemplando ao redor os flóreos prados.
Revejo-os em névoas sepulcralmente,
No leito frio do meu passado;
Aqueles tempos áureos, reluzentes,
No silêncio d\'um olhar nublado.
Os nossos passos lentos e tranquilos,
Nas solitárias trilhas dos luares
Seguiam a sombra triste do destino.
Oh! E os flóreos prados contemplando...
Feres-me o peito, ainda, ao relembrares,
Nossos vultos entre alvas caminhando.
Thiago Rodrigues