Penso em dormir, antecipando a hora,
Num intenso desejo de uma ausência...
Ausência de esquecer-me ou ir-me embora
Sem ter muito alvoroço nem dolência.
E que não acontecesse alguma aurora,
Mas um amanhecer que se evapora:
Aurora que esvaece sem anuência
De um novo sol nascente, em sequência.
E fico a meditar se essa mística,
Que existe no pensar, seja um auguro
Que antes de mais nada, é futurística
Pela ação de fugir com um aporte
De um desejo, inconsciente e prematuro,
De aconchegante embarque junto à morte.
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Autor:
Maximiliano Skol (Pseudónimo (
Offline) - Publicado: 11 de maio de 2021 22:37
- Categoria: Não classificado
- Visualizações: 31
Offline)
Comentários2
Belíssimo soneto poeta Maximiliano, esse não alvorecer dói na alma e a ausência do aconchego a espera da morte. Bom dia, forte abraço.
Prezado Ernane, felizes os que se acham prontos para a sua passagem, apesar dos pesares. Não é verdade?
Agradeço seu comentário.
Um abraço,
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