Jovem mui inteligente, amigo meu,
Foi apontado na Escola a discursar
Em homenagem ao ser de quem nasceu,
E ressentiu-se, justo, ao pensar
Que um padrasto tivera e não o seu
Ainda vivo pai, dentro do lar,
Seu progenitor nunca conheceu,
E sua mãe teve morte hospitalar.
Eminente entre os pares é escolhido,
Mas, humilde, me achega em confissão:
”No dia para as mães sou cohibido
A exaltar o meu lar”...Lhe disse, então:
Por ela é que tu és!... Vou redigir
Teu discurso... E tua mãe vais
redimir.
- Autor: Maximiliano Skol (Pseudónimo ( Offline)
- Publicado: 9 de maio de 2021 09:53
- Comentário do autor sobre o poema: O poema. retrata fato verídico. O meu amigo continuou sendo orador da sua turma de formatura no Colégio Dois de Julho, Salvador, Bahia.. Conheci a sua mãe, que eu admirava pela cultura e elegância. Morreu de tuberculose pulmonar em Campos do Jordão, S. Paulo. Mais tarde ele visitou o legítimo pai em Marília , S. Paulo. Tornou-se famoso como profissional. ( detalhes biográficos aqui são omitidos)
- Categoria: Não classificado
- Visualizações: 42
Comentários1
Impactante, Dr.
O que cabe no bojo de um soneto,
foi inserido com notáveis recuerdos. Nota 10. Baita abraço.
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