Em névoas passavas tão macilento,
Envolto pelas sombras langorosas;
O cântico das árias lacrimosas,
Perdendo-se pelo horto nevoento.
E tinhas, o prantear, das dolorosas
Notas solitárias do lamento...
A sinfonia negra das pulcras rosas
Beijadas em silêncio pelo vento.
A melodia de um sino derradeiro
Se perdendo em meio ao nevoeiro,
Numa tarde assim deserta de outono...
E numa tarde como essa, ó querida,
Virá a morte talvez em minha vida,
Fechar-me os olhos para o eterno sono.
Thiago Rodrigues
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Autor:
Thiago R (
Offline) - Publicado: 5 de maio de 2021 13:15
- Categoria: Não classificado
- Visualizações: 7
Offline)
Comentários2
Bem profundo e melancolico. Gostei !!
Grato pelo comentário. Forte abraço!
..."O cântico das árias lacrimosas,
Perdendo-se pelo horto nevoento"...
Nossa que poema lindo!
Parabéns ao poeta, Thiago R
Grato pelo comentário. Forte abraço!
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