Com dedicação de um inebriado
Observo o oxigênio que te cerca
Que tú sequestras e põe carbônico nas arestas
Do mundo,cansado e sufocado
Tú pausas e respiras,ritmo da vida
E regojizo o que virá a seguir nessa via
Se irás à direita,à esquerda
Deixo pronta a vista para qualquer surpresa
E a ansiedade que me tolera,que me tutela
Também denuncia que há em mim medo
Tal como caça indefesa,que conhece a cela
Vejo tua existência e me vejo
Que a diferença entre nós que existe
Tú não conheces o teu momento
De caça,de presa,enquanto riste
À minha porta bate o tempo
Que exclama na ponta dos dedos
Sou teu executor,entre uma multidão
Criatura igênua,devoras ou irão
Os outros animar teus maiores medos
E desta perspectiva
Observo que o ânimo com que te fito
Também sou encarceirado e preparado
Sou caçador,sou caça,sou culpado,sou vítima.
- Autor: Lewoharti23 ( Offline)
- Publicado: 5 de maio de 2021 08:14
- Categoria: Não classificado
- Visualizações: 27
- Usuários favoritos deste poema: Ana Fonseca
Comentários2
Bem interessante. Gostei
Selvagem e poético! Muito bom!
Para poder comentar e avaliar este poema, deve estar registrado. Registrar aqui ou se você já está registrado, login aqui.