Tilintar da moeda

Mariana Malgarise

Procuro, em Schubert, em Brahms

um cerne de cores, imagem ou luz

cansada, exausta e faminta

duma vida de poesia de nadas, pensados muitos, onde tudo escrevi, mas nada tilinta.

 

Encontro, no bolso, nos armários

uns poemas, sem faces, e corpos

cansada, exausta e faminta

duma vida de poemas de tudos, que nada valem pro mundo, porque só o nada tilinta.

  • Autor: Mariana Malgarise (Offline Offline)
  • Publicado: 27 de abril de 2021 21:47
  • Categoria: Não classificado
  • Visualizações: 29


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