O remédio amargo nauseava.
Eu não queria, mas precisava fechar o nariz e engolir.
Fazia careta.
Queria fugir.
Minha mãe gritava.
Fim.
Aos poucos, aprendi a empurrar com água.
Depois, com vida.
Sem nem notar, eu já engolia desaforo, piada sem graça, presença forçada.
Tudo ainda me nauseava, mas, após forçar o riso, água e mais água...
Antes que um grito me levasse ao mesmo fim.
- Autor: Sirukyps ( Offline)
- Publicado: 26 de abril de 2021 23:43
- Categoria: Não classificado
- Visualizações: 17
Comentários1
"O que arde cura." Mas até a que ponto o precisamos do remédio? Às vezes a ele faz efeito contrário.
Abraços, poetisa!
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