O medo real tem sua base na razão,
enquanto a coragem é densa emoção,
mas o medo, decerto, não é covardia
e a coragem arredia, sem propósito
é impulso arrebatado, sem serventia.
O medo resguarda nossa existência
desde os primórdios da humanidade,
dosando os riscos de sobrevivência,
levando-nos a análises com equidade.
O medo cioso com o desconhecido
não restringiu o ritmo da evolução,
apenas, minimizou custo despendido
na construção do nosso conhecimento,
evitando as perdas por açodamento.
O medo é sentimento grandiloquente
que nos intimida e nos obriga a vencê-lo,
com criatividade no uso de nossa mente
evitando o advento de novo pesadelo.
- Autor: Helio Valim (Pseudónimo ( Offline)
- Publicado: 25 de abril de 2021 23:07
- Comentário do autor sobre o poema: Na atual realidade heterodoxa devemos cultuar o medo racional, resguardando nossa sanidade, sobrevivendo à pandemia com serenidade, ciência e lucidez.
- Categoria: Reflexão
- Visualizações: 11
Comentários1
O medo pode ser como um escudo protetor. Respeito ante o desconhecido pode evitar muito transtorno.
Parabéns, Helio, achei muito bom o seu poema!
Olá, Zaira. Obrigado pelo gentil comentário. Concordo plenamente com sua observação: "Respeito ante o desconhecido pode evitar muito transtorno". Um abraço.
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