O medo real tem sua base na razão,
enquanto a coragem é densa emoção,
mas o medo, decerto, não é covardia
e a coragem arredia, sem propósito
é impulso arrebatado, sem serventia.
O medo resguarda nossa existência
desde os primórdios da humanidade,
dosando os riscos de sobrevivência,
levando-nos a análises com equidade.
O medo cioso com o desconhecido
não restringiu o ritmo da evolução,
apenas, minimizou custo despendido
na construção do nosso conhecimento,
evitando as perdas por açodamento.
O medo é sentimento grandiloquente
que nos intimida e nos obriga a vencê-lo,
com criatividade no uso de nossa mente
evitando o advento de novo pesadelo.