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No meu peito batia um coração que a amou,
Sem os limites do céu,
Antes dela o quebrar,
Que, com o adeus dela, chorou
E suas lágrimas misturaram-se com as minhas ,
Tão tristes e amargas como uma dose de fel,
Escorreram pelo meu rosto,
Pingaram no meu travesseiro
E molharam os lençois,
Limpando as nossas lembranças;
Nem as velas que iluminavam o meu amor,
Ficaram acesas,
Elas se apagaram com o vento soprado por sua roupa,
Mas incendiaram a minha paixão,
Que virou cinzas e soterrou
O amor que eu tinha por ela e os pedaços do meu coração.
Agora
Com meu quarto quase vazio,
E a minha cama que eu divido com a solidão,
Só restam a tristeza,
De tê-la amado sem que ela me amasse,
Um travesseiro amassado e amargo,
Uma ponta de cigarro no cinzeiro manchada com batom,
Um espelho sem o reflexo fortuito dela,
Uma janela fechada
Para não entrar a luz do sol
Deixando ver as marcas dos pés dela
No chão que ruiu
Depois que ela partiu,
O meu coração também,
Cujos cacos não valem nem um vintém;
Mas o sorriso dela, ao me dizer adeus,
Veio com o seu desdém pelo meu amor,
Então ele pode acabar,
Como um ébrio numa mesa de bar,
Dormindo sobre ela,
Que se levantou, vestiu-se e se foi.
- Autor: Toio Varuzza (Pseudónimo ( Offline)
- Publicado: 17 de abril de 2021 10:11
- Categoria: Triste
- Visualizações: 9
Comentários1
Belo poema! Puro sentimentalismo!
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