Carlos Lucena

INSÔNIA

Olá
A noite foi longa
O sono não veio
O dia desponta
E a cama ainda pronta
Não se desfez
No mesmo lugar, o travesseiro
Nem o lençol amassou!
Na sala o cinzeiro
Repleto de cinzas
Conta a história
De uma noite em claro
Gravada nas espirais
Dos tragos que dei
Na mesa
Uma taça com resto de vinho
Que não deu pra beber
Que não deu pra sentir
Que não deu pra engolir
Mas descreve essa noite
De cigarros
E tragos
E cinzas
E ausências.

  • Autor: Carlos (Pseudónimo (Offline Offline)
  • Publicado: 24 de Março de 2021 00:15
  • Categoria: Não classificado
  • Visualizações: 27
  • Usuário favorito deste poema: Vinicius Paiva.

Comentários4

  • Helio Valim

    Olá, Carlos Lucena. Belo poema de viés modernista, com grande liberdade temática e formal. Parabéns. Um abraço.

  • Vinicius Paiva

    Belíssimo poema, Carlos! Me identifiquei muito! Parabéns!!! Forte abraço

  • Shmuel

    Belo poema! Descreve bem a solidão.
    Abraços!

  • Ernane Bernardo

    Parabéns, poeta Carlos Lucena, pelo poema, e essa insônia rendeu um belo poema. Bom dia, abraços.



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