E na minha noite estranha escura
o branco cabelo já me cobre a nuca
mas, às vezes o juízo parece tirar férias!
Na cabeça revolvem- se os fantasmas
Amores recusados,horas obscuras.
Como na ampulheta correm meus dias
sinto apagar a lâmpada do viver
Assim vai apagar o meu ser.
Sinto findar a trama da vida.
Ela,o que me deu,tirou. Estou vazia.
Tarde chegastes ao meus dias,aceitei.
Tanto te procurei,já não esperava.
Aparecestes,vinhas atrazado,
Mas,como um rei coroa te outorguei.
Eras belo e jovem: um Deus do Amor!.
Nós dois,um belo contraste. Nem liguei!
Não ouvi o que a vida já ensinara:
no amor,o outro é meu reflexo no espelho.
Tem que ter verossimilhança, ser honesto e real.
Eras surreal! Descobri: estavas à venda por cinco mil reais!
Fiquei mais surpresa que triste.
Recusei porque pressentia: só me darias desfavores
Com isto tu não contavas: sendo mulher madura,eu era experiente e nem um pouco burra!
Dei- te corda para enforcar-te
E espanto não me causou,seu amor evaporou
quando o empréstimo naufragou, sumiu,nunca mais o vi!
Como submarino, submergiu!
Maria Dorta 09-03-2021
por um preço tão baixo!
- Autor: Maria dorta (Pseudónimo ( Offline)
- Publicado: 10 de março de 2021 01:25
- Comentário do autor sobre o poema: Mais uma sopinha de letras!
- Categoria: Não classificado
- Visualizações: 16
Comentários6
Uma delícia de ler e degustar está sopinha de letra.
Sempre inspirada a poeta, Vitória.
Abraços!
Você,amigo poeta,sempre generoso em seu incentivo. Grata por me ler!
Contrastes. Precisa -se muita afinicão pra chegar à uma boa afinação. Ou definição.
Não havendo o equilíbrio tudo se embaralha ao ponto de não se reconhecer. Desfavores ninguém merece. Aplausos para sua atitude. Abraço de coração poeta Dorta. Bjs. Bom dia
As vezes a falta do que fazer faz a gente se entreter criando personagens,viajando nas histórias que só o pensamento cria rsrs
Mas,creio também,que em qualquer situação,não faz falta ter atitude...e disso não abro mão!
Verdade não é. Apenas criação,ficção. Falta do que fazer rsrsrs grata pela leitura.
Gratidão pela sopinha de letras, da ficção nasceu a criatividade em belo poema, essa é a poetisa Maria Dorta, abraços.
Interpretas com exatidão,a minha criação com pouca pretensao,poeta! Só um passa- tempo lúdico rsrs. Grata pela leitura.
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