Chico Lino

RETUMBRILHO


Aviso de ausência de Chico Lino
NO

RETUMBRILHO
Chico Lino

Como se um brilho
A retumbar

Vejouço os olhos
Profundos olhos
Olham longamente
Tristemente

Os austeros olhos
A retumbrilhar
São os olhos do Marechal Deodoro da Fonseca
Pintados num bar
Na Praia do Francês

O bradolhar ecoa cônico
Megafônico
Tremulam as límpidas e calmas águas
De Pajussara, Gogó da Ema

Tremeluzem os Sete Coqueiros

Muitos mais
Milhares ou mais
Coqueiros que cocos

Sua tonitrunça espantam
Gatos e ratos
Na Rua Professor Arroxelas,
Ponta Verde,

De Maceió
Ao Brasil

  • Autor: Chico Lino (Pseudónimo (Offline Offline)
  • Publicado: 26 de Abril de 2020 01:13
  • Categoria: Não classificado
  • Visualizações: 38

Comentários3

  • Marcos Galvão

    Os olhos falam muito. Verdadeiro.

  • Chico Lino

    São os olhos, são as armas, cabelos de Avorai... Zé Ramalho...

  • Helio Valim

    Oi Chico! Cheguei ao seu poema! Você tem um estilo quase teatral. Lendo o seu texto fui transportado, de imediato, para esse bar na Praia do Francês. Parabéns poesia contundente. Você toma para si a liberdade poética, brinca com as palavras e cria vários neologismos! Vou perguntar a minha mulher se o pai dela teve algum parente (professor Arrochellas ou Arroxelas) em Maceió. Um abraço.

    • Chico Lino

      Obrigado, amigo, por ir ao encalço do RETUMBRILHO; nunca havia ouvido falar nesse sobrenome; usei-o, no poema, com sentido de arrocho, nos destoantes da Republica; soou simpático ver no crédito de suas fotos... Bom domingo para todos nós...



    Para poder comentar e avaliar este poema, deve estar registrado. Registrar aqui ou se você já está registrado, login aqui.