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Um gato passeia, perambula despreocupado, ruas vazias, sinistras, becos estreitos,muros?...em apenas um salto.
Precisou sair, para ver, sentir e observar,há perigo no ar?...como Noé ao soltar uma pomba de sua arca.
Ele caminha, conhece todos os lugares,sem se importar,segue seu caminho,sabe o que vai encontrar.
Um velho amigo, que sempre o cumprimenta com latidos e bravuras, também anda por lá, parece nem ligar,para e o deixa passar,mas sem antes não o cumprimentar.
Sobe as escadas,desce as ladeiras, anda pelos telhados medievais,chega na praça, apenas o vento empurra os balanços,brincando como criança,um som melancólico do ir e do vir...ele sabe que não é apenas o vento a balançar,seu instinto é grande,ele enxerga.
Lembrou... hoje é domingo!vai ao campo, tem uma bola,quer brincar,ele é um gato... não há ninguém pra jogar.
A noite veio,os olhos refletem uma luz, não há muito brilho, movimentos com cautela entre becos sombrios,não o assusta, só vultos,fantasmas... conhece a todos.
Uma pequena via… aquele lugar,sabe onde mora sua amada...ele não a chama...não quer acordá-la.
Hora de ir,dia chegando,as rodas começam a girar, precisa voltar,correr e avisar que ainda não chegou a hora de sair.
- Autor: R.Capuano ( Offline)
- Publicado: 28 de fevereiro de 2021 01:22
- Categoria: Não classificado
- Visualizações: 17
Comentários3
Muito bom
Que poema legal! Um gato safo e apaixonante.
Bravo, poeta.
Uma longa história,de um longínquo lugar.
Obrigado pelos comentários.
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