Um gato passeia, perambula despreocupado, ruas vazias, sinistras, becos estreitos,muros?...em apenas um salto.
Precisou sair, para ver, sentir e observar,há perigo no ar?...como Noé ao soltar uma pomba de sua arca.
Ele caminha, conhece todos os lugares,sem se importar,segue seu caminho,sabe o que vai encontrar.
Um velho amigo, que sempre o cumprimenta com latidos e bravuras, também anda por lá, parece nem ligar,para e o deixa passar,mas sem antes não o cumprimentar.
Sobe as escadas,desce as ladeiras, anda pelos telhados medievais,chega na praça, apenas o vento empurra os balanços,brincando como criança,um som melancólico do ir e do vir...ele sabe que não é apenas o vento a balançar,seu instinto é grande,ele enxerga.
Lembrou... hoje é domingo!vai ao campo, tem uma bola,quer brincar,ele é um gato... não há ninguém pra jogar.
A noite veio,os olhos refletem uma luz, não há muito brilho, movimentos com cautela entre becos sombrios,não o assusta, só vultos,fantasmas... conhece a todos.
Uma pequena via… aquele lugar,sabe onde mora sua amada...ele não a chama...não quer acordá-la.
Hora de ir,dia chegando,as rodas começam a girar, precisa voltar,correr e avisar que ainda não chegou a hora de sair.