Quando a aurora fugir com o tempo...
No tempo que leva o início e o fim
Das estações da vida
Seremos apenas conto... causos, histórias
Contados por traços de fotografia
Que não envelhecem e nada esquecem
Do que se viveu ou sonhou ser realidade.
Quando chegar a noite e da alma, as janelas ficarem em cinza, o tom
E se calarem os sons
Não restará mais nada
Do que as memórias desbotadas
Então partiremos rumo ao infinito
Viagem só de ida...
Voltando ao chão de onde viemos
No último aceno de despedida
Deixando para trás apenas a saudade
Estaremos guardados na memória
Numa gaveta, amarelados
Talvez, pela poeira embaçados
Nossas aventuras e desventuras
Serão, agora, só parte de um passado
Que eternizamos num papel revelado
Quando pela vida fomos fotografados.
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Autor:
Edla Marinho (Pseudónimo (
Offline) - Publicado: 19 de fevereiro de 2021 22:10
- Categoria: Não classificado
- Visualizações: 25
Offline)
Comentários3
Gostei muito, Edla! Gostei muito do seu lindo poema, tão oportuno para mim. Estou bem perto de me tornar causo, dormir nas gavetas. Ele me levará a caprichar nas poses que a vida ainda faz de mim, para deixar uma história bonita. Abraço
Na verdade, Cecília, todos nós nós tornaremos "causo". Mas você não está tão perto assim.
Obrigada pelo comentário, meu abraço!
Edla, sabe quando ainda em viagem de passeio lembramos que está chegando o dia do retorno, aí já dá aquela saudade do que ainda está vivendo, seu poema tem o sabor dessa saudade.
Abraço
Sabe Hébron, eu sempre digo uma frase que ouvi ou li não sei de quem : uma poesia é uma moldura que cada leitor coloca sua própria tela, ou seja, conforme o estado de espírito e o momento. Mas quando o leitor assimila exatamente o sentimento do poeta, como você o fez aqui, é emocionante demais!
Obrigada, por esta emoção!
Boa noite, feliz domingo!!
Tens um eu lírico imbatível e transpiras poesia...da boa. Parabéns!
Gratidão, querida Maria Dorta. Seu comentário me enche de alegria e me incentiva.
Boa noite, feliz domingo, meu abraço!
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