NO
Acalma ouvir a canção do mar.
Sento num tapete de areia a pensar.
Esse som uso para meditar.
Sentir seu aroma e a brisa no ar.
Suas ondas num infinito quebrar.
Som repetido, chuá, chuá, chuá
Gaivotas num eterno gorjear.
O sol tinge a salgada água do mar
A bruma densa se forma ao longe.
Na finita linha do meu horizonte.
Eu mortal e insignificante
Fico pensativo como um monge.
Quem sou diante dessa imensidão?
Minha arrogância me envergonha.
Maldito veneno uma peçonha.
Abre vagas de medo e solidão.
Só, procuro na luz do sol vida.
Eu preciso dessa luz, um unguento.
Ver estrelas no céu, o firmamento.
Náufrago da ilusão, alma combalida.
Sinto no peito um abismo abissal.
Navego sem norte nem direção.
Um cíclico viver sem comunhão.
Questiono a razão da vida afinal.
Um barco quebra as ondas, bem gentil.
Pescador pede bênção a Yemanjá.
Crer que é doce, viver e morrer no mar.
Observo, acalento e aprecio.
- Autor: Jessé Ojuara (Pseudónimo ( Offline)
- Publicado: 15 de fevereiro de 2021 09:14
- Categoria: Não classificado
- Visualizações: 13
Comentários4
Por um triz as ondas não molharam os meus pés, diante do mar de sentimentos que me invadiram ao ler o seu "poeMar".
Eu sempre acho que a agua salgada, nos lava a alma e nos alaga o coração com serenidade.
Mergulhei nos versos e retornei ao mar da nossa velha e doce Ribeira. Obrigada, poeta!
Quero em breve ler um poema seu aqui ou num livro. Se comentas com tanto lirismo, fazer pessoa será muito fácil.
Grato
Para poder comentar e avaliar este poema, deve estar registrado. Registrar aqui ou se você já está registrado, login aqui.