De corda bamba é a vida, e até me esqueço
De tão sutil perigo, quando eu passo
De segundo em segundo, sem o apreço
Do fatal que me é um erro crasso.
Balança a mais a corda se adoeço,
Ou se mal me equilibro com o que faço
Na corda sobre o abismo em que aconteço:
Abismo de uma vida que transpasso.
Não sei como cheguei aqui tão ágil,
Sabendo de mim próprio como frágil,
Mas vou seguindo nela mesmo assim.
Tenho um fado que é o termo do meu trecho,
Mas levo junto a mim tanto apetrecho
Não sei se me equilibro até o fim.
- Autor: Maximiliano Skol (Pseudónimo ( Offline)
- Publicado: 14 de fevereiro de 2021 15:37
- Categoria: Não classificado
- Visualizações: 23
Comentários2
Sabemos que tal corda tem um início e um fim. Diria que o início já foi cortado (cordão umbilical). O mistério segue na outra ponta. Mas mantenha-se firme poeta. Feliz aquele que tem uma corda para se SEGURAR. Ótima analogia trouxeste. A vida por um fio rsrs. Boa noite. Abraços
Meu prezado Elfrans, muito me alegro com seu comentário a visitar- me.
Boa noite e um abração.
Boa reflexão, poeta.
Na vida somos equilibristas numa corda em que não vemos o fim.
Isso mesmo, prezado Eras.
Andou sumido e privando-nos da sua sensibilidade poética.
Muito agradecido pela sua visita.
Um abração.
Para poder comentar e avaliar este poema, deve estar registrado. Registrar aqui ou se você já está registrado, login aqui.