Inocente, no balé contemporâneo
A boneca viva, sobe ao palco e dança
Meu suspiro, em um instinto insano,
Com a ética ali, não contrabalança.
Leveza e membros em concentração
Movimenta o corpo em linha vertical
Se insinua num abrir e fechar de mão
Os prazeres em sua forma corporal
A canção lenta lhe coordena a simetria
Num ritmo de adotada disciplina
Me agito tenso, na cadeira em harmonia
No vai e vem da cintura da menina
Toda desejo, sobre a sua sapatilha
Jeito de moça, tesa, na ponta do pé
Cabelo preso na rede e na presilha
E os movimentos sinuosos do balé
O meu olhar me denuncia no instante
À medida em que no palco ela dança
O corpo pueril desenhado no collant
Dá nitidez de ser apenas uma criança
A rubra luz, do ambiente emocional
Acende em mim, fulgor e excitação
O violeta aguça o tom erótico, real
A cor laranja, humor, calor e vibração
O Verde acalma, sorte e fertilidade
Tom amarelo, da cobiça e esperança
Marrom excita, livre e simplicidade
Branco lembra, ela é quase uma criança.
Até que o pano desce ante a multidão
Gritos, aplausos do povo todo em pé
Luzes acesas, é o final da encenação
E eu jogo beijos pra menina do balé
- Autor: Elfrans Silva (Pseudónimo ( Offline)
- Publicado: 3 de fevereiro de 2021 00:18
- Categoria: Fantástico
- Visualizações: 30
Comentários2
Feito. Up. Bravo. Aprovo e aplaudo. Macanudo, paisano. Tenho que ser mais humilde; só elogio coisa buena e bem elaborada feito esta. Parabéns centauro, velho. Baita abraço.
Mestre, poeta Dr Francisco, te admiro, sabe disso. Temos algo em comum. Não fiz balé kkkkk. Fui às pesquisas rsrs.
Buenas. Uma quinta-feira de paz pra ti.
Muito bom, poeta!
Belo poema, como é o comum da sua arte...
Abraço, meu amigo
Hébron, meu querido poeta. Feliz por você comentar. Saudades de vcs. Abraços. Ótima quinta-feira
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