Marçal de Oliveira Huoya

Voa

 

Era uma vez
Muito antigamente
Quando os aniversários
Marcavam calendários
Antecipadamente
E quando o tempo voava pra frente
Lento e lentamente
Mesmo sendo empurrado
Por um menino apressado
E impaciente
Não imaginava que o tempo passava
Em incontáveis formulários
Muito mais que aniversários
Contando os dias em saldos diários
E em extratos de conta corrente
Era uma vez, ainda esse mês
Quando os aniversários
Já lhes são desnecessários
Um tempo em que o tempo
Nunca se atrasa, e é pirracento
Onde os anos já nao são mais inocentes
Grilhões em vagas cativas
Ponteiros urgentes, irreversivelmente
Batimentos monótonos
Em contagem regressiva...

  • Autor: Vênus (Pseudónimo (Offline Offline)
  • Publicado: 29 de Janeiro de 2021 15:33
  • Categoria: Reflexão
  • Visualizações: 13

Comentários2

  • Shmuel

    Nossa! Muito bonito que gostei demais do ritimo desta poesia.
    Parabéns!

  • Estevao cantuaria costa

    Ele está falando de como nossa sociedade por causa supérflua que hoje levam...deixaram de valorizar pessoas e datas importantes ...tudo tem perdido calor ...parabens meu caro poeta por transcrever essa realidade .



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