Henking

SONETO DOS PORVIRES

O verso é sábio a que a razão evita. 

Beldade, o verso lhe presta visita,

para que, sã, creia aquela, por fim, 

viver a procura de coisa afim.

 

Mundano, anseio-me corpo do tema,

Fugir do corpóreo, casa de outrora,

e nascer no intáctil, onde a alma aflora.

Do doer de razão ao ser poema.

 

Enquanto, sutil, caminho entre prosas

e sobre o amor as escuto, ardilosas,

as letras vêm e a mim não deixam só.

 

Ali, com elas, danço poesia. 

E, poeta ao fim da melodia,

à vida serei tudo, e do homem, pó.

  • Autor: Henking (Offline Offline)
  • Publicado: 16 de Janeiro de 2021 15:09
  • Categoria: Não classificado
  • Visualizações: 14
  • Usuário favorito deste poema: Thay.

Comentários1

  • Claudia Casagrande

    Gostei muito!
    grande abraço

    • Henking

      Muito obrigado!
      Um abraço!



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